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Edição #119 - Abril 2023

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Ansiedade e depressão: do desamparo aprendido ao otimismo aprendido

Conforme já explorado no início deste dossiê, os estudos sobre Desamparo aprendido tiveram início em 1965, com Martin Seligman e Steven Maier na Universidade da Pensilvânia no Estados Unidos.

Resultante desta sua pesquisa, Seligman concluiu que o “desamparo aprendido” é semelhante à depressão, pois repetidas punições inevitáveis e sem a possibilidade de resistência causaria a depressão nas vítimas. A repetição destes comportamentos negativos faz com que os indivíduos não consigam reagir, pois gera desânimo, desmotivação, desesperança, falta de vontade de lutar e arriscar-se por possibilidades. Estes são os principais sintomas da depressão, muito mais do que a tristeza. Aplicados em humanos uma pessoa que estava sempre sofrendo, passando por derrotas ficava condicionada a acreditar que era incapaz, não poderia fazer absolutamente nada, era um fracasso, sua vida era um sofrimento constante. Esta situação levava a um estado crônico de depressão e ansiedade. 

O desamparo aprendido gera pensamentos mais negativos (“nunca vou me livrar disso”), crenças negativas/limitantes (“sou incompetente”, “sou incapaz”, “sou inseguro”) e assim os principais sintomas são: desânimo/ desmotivação, estado de inércia, aceitação (“eu sou assim e não vou mudar”), falta de vontade ou estímulo para reagir a diversas situações, desesperança, baixa autoestima, ausência de pedido de ajuda, passividade, distúrbio do sono e procrastinação. Tais sintomas podem contribuir com os sentimentos de ansiedade, a gravidade e a persistência de condições podem gerar o TAG: Transtorno de Ansiedade Generalizada. Também associado a outros distúrbios psicológicos como fobias, timidez, solidão, podem ser potencializados pelo desamparo aprendido e podem também gerar o TEPT: Transtorno de Estresse Pós-traumático.

 

As duas características centrais do quadro depressivo são:

1 - A perda da capacidade de sentir prazer e a diminuição do ânimo e energia física e mental, que estão muito correlacionadas com os sintomas do desamparo aprendido. Na perda da capacidade de sentir prazer (“anedonia”), há uma variação de humor, pode ser triste, irritável ou simplesmente apático. O indivíduo tende a ficar mais sensível à eventos negativos, gerando sentimentos de angústia, desespero, baixa autoestima, culpa, falta de esperança, “burrice”, solidão, ansiedade, tédio e vazio. Ao se deparar com as situações que remetem ao desamparo aprendido, pode potencializar as reações. Por exemplo: se viveu uma situação abusiva na infância com pai, mãe, professores, amigos, namorados, esta pessoa não consegue fugir, pois criou-se um hábito e terá dificuldade de sair dessa situação, pois aprendeu que estas circunstâncias são normais e dessa forma que funciona. Quebrar este padrão muitas vezes com ajuda de um profissional pode ser uma estratégia, como também, fazer uma dessensibilização sistemática reconhecendo o que está passando e cuidando de si mesmo. Certos eventos (desamparo aprendido) geram traumas e podem explicar o desenvolvimento da depressão ao longo da vida.

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